TRIADE DA MULHER ATLETA


TRIADE DA MULHER ATLETA
por Daniel Coriolano (MÉDICO CRM/CE 13090)

Amenorreia (falta de menstruação), distúrbios alimentares e osteoporose são os três temas que justificam a chamada “Tríade da Mulher Atleta”. Estas três condições são apenas as últimas instancias de um espectro variado de apresentação clínica da redução de disponibilidade energética para o corpo, alteração da função menstrual e redução da densidade mineral óssea na mulher adulta ou adolescente praticante de exercícios físicos, sobretudo em esportes em que o baixo índice de massa corporal ou magreza está relacionada ao desempenho. É uma “síndrome”, pois trata-se de um conjuntos de sinais/sintomas. 

Na gênese desta condição médica, identifica-se maior intensidade/volume de treino, aumento da exigência sobre o corpo e por resultados além de suporte energético deficiente através de uma nutrição inadequada, que por sinal, associa-se diretamente com dois componentes da tríade; impacto sobre a densidade óssea e alteração da fertilidade em virtude da amenorreia hipotalâmica.

É necessário ressaltar que a redução do consumo de alimentos que promovem um suprimento abaixo das necessidades da mulher ou adolescente esportista, pode ser por intenção própria, acidental ou ter cunho pscicopatológico, como alerta o pronunciamento da Colégio Americano de Medicina do Esporte (American College of Sports Medicine) intitulado “The Female Athlete Triad” (A tríade da mulher atleta) que também aponta a possibilidade de ocorrência da síndrome na vigência de um suprimento menor que 30kcal/kg de massa corporal livre de gordura. 

Para um caso hipotético de uma mulher de 30 anos de idade com peso total de 60kg e 25% de gordura corporal, teria maior possibilidade de ocorrência da “Síndrome da Mulher Atleta” se assumisse uma dieta que ofertasse menos que 1350kcal a cada dia, tendo em vista que os 75% de composição corporal livre de gordura representariam 45kg (45kg x 30kcal/kg = 1350kcal).

O desafio é diagnosticar a Tríade da Mulher Atleta em seu estágio inicial, quando o médico que lhe acompanha pode identificar sinais mais precoces e discreto da instalação da síndrome e não quando já há repercussões tardia como por exemplo, fraturas.

Mais uma vez se revela a importância do seguimento da sua saúde por uma equipe de saúde competente. Fique ligada nos sinas do corpo.

danielcoriolano@gmail.com

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