(OSTEO)ARTROSE E EXERCÍCIO

(OSTEO)ARTROSE E EXERCÍCIO 
por Daniel Coriolano (CRM/CE 13090)

Na prática médica a osteoartrose (OA) é o problema mais comum das articulações quando se fala em doença degenerativa. Causa dor de intensidade variada na articulação acometida, restrição das atividades habituais, tornando-se muitas vezes incapacitantes nas crises. 

Esclerose do osso subcondral, redução do espaço entre as articulações e surgimento de osteófitos são os três achados básicos ao exame de imagem que o médico pode levar em conta para o diagnóstico deste problema de saúde. 

As mulheres, idosos e obesos são os grupos em que há maior prevalência desta doença articular. A inatividade física muitas vezes torna-se consequência. A ociosidade em termos esportivos (ou seja o sedentarismo) acelera a evolução da doença e com isso uma redução da qualidade de vida da pessoa com AO. 

Não há evidencia de que a OA ocorra por influência de exercícios recreativos de moderada intensidade. Entretanto a atividade esportiva de alto impacto articular e alta intensidade é fortemente associada com o aparecimento da OA. Em jogadores de futebol há 4,5 vezes mais pessoas com OA de quadril do que o restantes da população. 

A melhora da função articular associado a um aumento da força, são benefícios bem estabelecidos com os programas de exercícios físicos (EF) bem planejados; aeróbicos e resistidos. 

O EF exerce efeito anti-inflamatório e condroprotetor (protege a articulação), isto em virtude do aumento do fluxo sanguíneo local pelos mecanismos de compressão e descompressão da atividade física o que promove a retirada de mediadores químicos envolvidos com o processo inflamatório. Além de outros benefícios que a AF promove sobre a qualidade de vida.

Reproduzo no blog a tabela com as mais novas recomendações gerais do American College of Sports Medicine: Guidelines for Exercise Testing and 9th edition 2014, pp 262.


Entretanto a recomendação a avaliação pré-participação em exercícios consiste em ato individualizado. Leva-se em consideração o estágio de evolução da AO, realização de cirurgias prévias para os casos mais graves que realizaram artroplastia e a prescrição eventual de fármacos com função analgésica para as crises. Um equipe multiprofissional com atuação no exercício e no esporte mais uma vez se revela necessária para o seguimento de pessoas com esta condição de saúde.






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